A Comissão Política Nacional do CDS-PP aprovou o acordo político e programático para a formação de um Governo de coligação com o PSD que será assinado na quinta-feira.
A reunião da Comissão Política Nacional do CDS para a aprovação do acordo político e programático, tendo em vista a formação do novo Governo, durou cerca de hora e meia. É assinado esta quinta-feira, de manhã, pelos líderes do PSD, Pedro Passos Coelho, e do CDS-PP, Paulo Portas.
O CDS congratulou-se com o acordo para a formação do novo governo com o PSD, mas lamentou os episódios que se registaram no apuramento dos votos do círculo eleitoral Fora da Europa.
Na sua declaração inicial, João Almeida, membro da Comissão Executiva dos democratas-cristãos, disse esperar que o novo governo «esteja à altura das circunstâncias gravíssimas em assumirá funções e das exigências extraordinárias que a actual situação coloca ao país».
O CDS «manifesta também a total disponibilidade para trabalhar o tempo que fôr preciso, quer seja no Governo, quer seja no Parlamento, para que Portugal tenha as soluções necessárias face aos seus compromissos do pontos de vista internacional e nacional», afirmou João Almeida.
No que respeita à polémica em torno da contagem dos votos provenientes do Rio de Janeiro, do círculo eleitoral Fora da Europa, o porta-voz do CDS afirmou não se compreender que votos que chegaram antes da maioria dos portugueses ter votado só agora estejam a ser contados.
«Isto prova que o CDS tinha razão quando apresentou um projecto da lei eleitoral, tentando reduzir prazos e que a formação do Governo fosse mais célere. Todo este processo lamentável veio a dar razão ao CDS e no futuro exigir-se-á que a reforma da lei torne o processo mais rápido», referiu.