O bastonário da Ordem dos Advogados considera que a decisão do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) é censurável por branquear a falta de seriedade dos futuros magistrados.
O bastonário da Ordem dos Advogados defendeu, em declarações à TSF, que a prova que os formandos do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) realizaram devia ser «anulada».
Numa referência ao caso do copianço generalizado num teste do curso de auditores de Justiça do CEJ, Marinho Pinto lembra: «No meu tempo, se um aluno fosse descoberto a copiar a prova era anulada».
O bastonário entende que «no CEJ nivelou-se tudo por baixo para evitar que o assunto fosse público», considerando que «é preciso que as pessoas fiquem com a ideia de que os futuros magistrados são pessoas acima da média».
À TSF, António Marinho Pinto disse ainda que «em Portugal há o paradigma de que quem é magistrado é honesto. Isso é mentira, são tão honestos ou desonestos como o comum das pessoas».
«Este episódio demonstra que estão a tentar ser magistrados pessoas que já dão provas da sua desonestidade, antes de acederem ao cargo», conclui.