O PS não vai recorrer ao Tribunal Constitucional sobre a alegada fraude eleitoral no Rio de Janeiro, anunciaram os socialistas em comunicado.
O PS refere que, em alternativa, irá «analisar outras vias adequadas que não o recurso ao Tribunal Constitucional para efeitos de julgamento dos factos, bem como proceder a uma análise sólida e coerente dos argumentos que permitam que seja efectuada uma alteração do modelo de votação por correspondência».
Em causa está a votação dos 1.392 eleitores portugueses no Rio de Janeiro, cujo apuramento deu 974 votos ao PSD e 180 ao PS, e que os socialistas consideram apresentar «fortíssimos indícios sérios de fraude eleitoral» em virtude do jornal Portugal em Foco, daquela cidade, ter publicado na sua edição de 26 de Maio um texto em que se propunha ir a casa dos eleitores recolher o voto e enviá-lo para Portugal.
No comunicado, assinado por António Braga, mandatário da lista socialista no círculo Fora da Europa, salienta-se que foi a partir de «provas materiais concretas» que o PS denunciou os factos à Comissão Nacional de Eleições.
O PS decide ainda hoje, em reunião do Secretariado Nacional, quais as «outras vias adequadas que não o recurso ao Tribunal Constitucional» que serão acionadas, depois de ter sido rejeitada a impugnação pela Assembleia-Geral de Apuramento da Comissão Nacional de Eleições, relativo à anulação dos votos do Rio de Janeiro, refere ainda o comunicado.