Dois em cada três portugueses dizem que o cancro é a doença que mais os assusta e mais de metade reclama mais dinheiro para o combate à doença, indica estudo.
Um estudo realizado em Abril com mais de 800 entrevistas, e que será apresentado esta sexta feira no fórum "Novos horizontes em Oncologia", demonstra que para 65 por cento dos inquiridos o cancro é a doença que mais os preocupa.
Por isso, três em cada cinco portugueses defendem que o cancro é a doença que deve merecer o maior investimento do Estado, apesar de mais de metade dos inquiridos acreditar que é a doença na qual o Estado já gasta mais dinheiro.
O tratamento é considerado satisfatório. Quase 40 por cento diz-se mesmo especialmente satisfeito com os serviços prestados pelo Estado.
Mas entre os que têm razões de queixa, apontam-se como principais motivos o mau atendimento e o tempo de espera.
Há também algum desconforto com a informação disponível, sendo a Internet a principal fonte de informação, sobretudo para os mais jovens, com mais habilitações e maiores rendimentos.
Para 65 por cento dos portugueses, o cancro é a doença mais preocupante, que ao lado dos AVC's e do Alzheimer, formam o trio de patologias em que o Estado devia reforçar o investimento.
Aliás, na opinião destes mais de 800 entrevistados, os gastos do Estado com a Saúde são mais baixos do que com todas as outras áreas, com excepção da Justiça.
De forma genérica, a insatisfação com o sector da Saúde está ligada aos tempos de espera do Serviço Nacional de Saúde (SNS), indica outra conclusão do estudo que será apresentado no fórum "Novos horizontes em Oncologia", promovido pela Associação dos Administradores Hospitalares e pelo ISCTE.