Depois de dois meses de intensas negociações, a Finlândia tem um novo governo, formado por uma coligação de seis partidos, que promete exigências nos empréstimos a países da UE.
O novo primeiro-ministro anunciou já que é sua intenção manter as finanças do país equilibradas, cortando na despesa e impondo novas condições para participar em empréstimos a outros países da União Europeia (UE).
A nova coligação governamental levou dois meses a negociar, pondo fim à crise política mais longa de que há memória na Finlândia.
O novo executivo de 19 ministros, liderado pelo conservador Jyrki Katainen, é resultado de uma aliança entre conservadores, cristãos-democratas, trabalhistas, liberais suecos, Verdes e Bloco de Esquerda.
O primeiro-ministro assegurou, em Helsínquia, que o novo executivo Finlandês vai honrar todos os aspectos do acordo de auxílio financeiro a Portugal, prometendo também respeitar a exigência dos trabalhistas da obtenção prévia de garantias financeiras para a participação finlandesa em futuros pacotes de ajuda a países endividados do Sul.
Na prática, isso significa que a Finlândia antes de emprestar novos dinheiros, vai a partir de agora exigir que, por exemplo, a Grécia hipoteque empresas públicas ou outros activos do Estado a favor de Helsínquia, para os finlandeses poderem assim reaver o dinheiro no caso de a Grécia ir à bancarrota.
A mesma exigência de garantias prévias será feita a Portugal, se Lisboa tiver que no futuro que pedir ajuda adicional para evitar um cenário de bancarrota.