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Ex-Presidente tunisino contesta «firmemente» acusações de que é alvo

Zine El Abidine Ben Ali

O ex-Presidente tunisino, que começa a ser julgado à revelia na segunda-feira em Tunes, «contesta firmemente» todas as acusações de que é alvo, afirmou o seu advogado.

No comunicado, o advogado de Presidente deposto, Akram Azouri, explica que Ben Ali espera que a Tunísia venha a «ultrapassar o caos e a obscuridade».

Ben Ali está refugiado na Arábia Saudita desde 14 de Janeiro depois de ter sido deposto do poder por uma revolta popular.

Na segunda-feira, o ex-Presidente tunisino e a mulher, Leila Trabelsi, começam a ser julgados num tribunal de primeira instância de Tunes por uma série de acusações.

Numa primeira fase, apenas será julgada uma pequena parte das 93 acusações de que é alvo Ben Ali, que dirigiu o país durante 23 anos, antes de fugir de uma revolta popular que posteriormente se repercutiu noutros países do mundo árabe.

Ben Ali e Leila Trabelsi, são acusados em conjunto pela descoberta de enormes quantias de dinheiro e joias num palácio em Sidi Bu Said, perto de Tunes.

O antigo Presidente tunisino - que também vai ser julgado em separado por terem sido encontradas armas e droga num palácio presidencial de Cartago - arrisca uma pena de prisão de 5 a 20 anos.

Em relação a acusações de homicídios voluntários e de tortura de que o antigo Presidente também é alvo mas que serão analisadas posteriormente pela justiça militar, Ben Ali arrisca a pena capital.