A primeira mulher presidente da Assembleia da República portuguesa espera que os cidadãos se reconciliem com a política e apelou aos deputados para reinventarem a democracia.
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, lembrou os cidadãos que «esperam para se reconciliar com a política» e defendeu que é exigido aos deputados a «reinvenção da democracia».
Na primeira intervenção enquanto presidente da Assembleia da República dissie «são tantos os projectos, as expectativas, as inquietações que connosco se sentam e que exigem de nós que cultivemos com os domínios da vida das pessoas concretas formas de comunicação contínua muito para além do tempo das eleições e do espaço dos partidos».
E acrescentou: «Verdadeiramente o que se nos exige é a reinvenção da democracia».
Para Assunção Esteves, presidir ao Parlamento constitui «a maior honra» da sua vida, «porque o Parlamento é a liberdade que se fez instituição», considerando que os deputados são «portadores de um mandato que se gera na igualdade e na liberdade».
A primeira mulher eleita presidente do Parlamento comprometeu-se a fazer «de cada dia um esforço para a redenção histórica» da «circunstância» dessas mulheres.
«Dedico este meu momento de alegria a todas as mulheres, às mulheres políticas que trazem para o espaço público o valor da entrega e a matriz do amor, mas sobretudo às mulheres anónimas e oprimidas», afirmou ainda Assunção Esteves.
A deputada do PSD Assunção Esteves foi esta terça-feira eleita presidente da Assembleia da República, com 186 votos favoráveis.