O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) disse que a demissão da presidente do CEJ era expectável e lamentou que aquela instituição tenha sido atingida pela «crise geral da Justiça».
João Palma disse que a demissão de Ana Luísa Geraldes é o «culminar de uma situação de degradação» e está claramente ligada ao caso do copianço.
O CEJ e a direcção do mesmo, na opinião do presidente do SMMP, «não foram mais do que vítimas da política ou da falta de responsabilidade política que tem havido nos últimos anos».
«O CEJ era uma instituição que tinha até agora estado salvaguardada da crise geral da justiça», rematou.
O caso do copianço generalizado entre futuros magistrados foi inicialmente resolvido com a anulação da prova e com a atribuição a todos alunos da nota dez.
Depois, e na sequência da intervenção do Conselho Superior de Magistratura, Ana Luísa Geraldes decidiu pedir uma avaliação ao Conselho Pedagógico do CEJ que ordenou a repetição do teste.
Contactado pela TSF, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, recusou-se a comentar esta demissão. Também o juiz António Martins, presidente da Associação Sindical dos Juízes, recusou comentar.