Os juros da dívida soberana estão hoje em máximos históricos no mercado secundário a dois, cinco e dez anos, pressionados pela situação na Grécia, com os investidores apreensivos com a greve geral e a aprovação das medidas de austeridade.
A possibilidade de contágio da crise da dívida grega a outras economias europeias e a decisão do governo de Papandreou de tomar novas medidas de austeridade mais severas, para o país poder ter acesso à última tranche da ajuda financeira e ao novo pacote financeiro, estão a pressionar os juros nos mercados internacionais.
Por sua vez, o afastamento dos spreads entre as 'yield' de referência alemãs e as italianas e espanholas, com a Moody's a ameaçar cortar o classificação de 13 bancos italianos é outro elemento que está a influenciar negativamente os juros da dívida nas diferentes maturidades.
Pelas 9h29, os juros exigidos pelos investidores para transaccionar títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociavam, em média, em máximos históricos acima dos 14 por cento (14,039) por cento, contra 13,818 por cento na sexta-feira, segundo a agência de informação financeira Bloomberg.
A dois, a tendência desta manhã era de alta. Os juros destes títulos negociavam nos 14,531 por cento, acima dos 14,283 por cento de sexta-feira.
No prazo dos dez anos, os juros dos títulos portugueses também estavam em máximos históricos de 11,506 por cento, face aos 11,383 por cento de sexta-feira.