Política

Passos: «Acordo social» é «indispensável» para executar programa de Governo

O primeiro-ministro considerou, esta quinta-feira, «indispensável» para executar o programa de Governo «alcançar um acordo social» sobre as «matérias relevantes» que farão parte da governação nos próximos anos.

«É indispensável para podermos cumprir alcançar um acordo social. Nenhuma reforma perdura num país imposta simplesmente pela força dos votos. É decisivo que aqueles que detêm os votos todos os dias reganhem confiança e legitimidade para poder exercer o seu mandato e isso exige um esforço de concertação muito amplo na sociedade portuguesa», disse, em resposta a uma pergunta formulada pelo líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães.

Pedro Passos Coelho salientou que o Governo não deixará de «sujeitar à concertação social todas as matérias relevantes que podem ter implicações estruturantes na sociedade portuguesa».

«O Governo não faz as reformas, o governo lidera as reformas. E é com esse sentido de liderança que no programa de Governo dizemos claramente que nos aspectos que têm maior incidência social não deixaremos de apresentar rapidamente ao conselho de concertação social as propostas arrojadas, ambiciosas que o programa contempla na área social», afirmou.

Em sede de concertação social, é ainda importante «conseguir que entre empregadores e empregados possa existir um envolvimento na definição das políticas e na sua execução», apontou Passos Coelho.

Do mesmo modo, prosseguiu o chefe de Governo, o executivo procurará no Parlamento «um debate e um consenso o mais alargado possível» relativamente a aspectos institucionais importantes.

«Se não formos ambiciosos, se não mantivermos a capacidade de superar o medianamente alcançado até hoje, sozinhos não conseguiremos fazer essa mudança. A mudança será concretizada e estará ao nosso alcance se tivermos o engenho de envolver as forças sociais», enfatizou.