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Resultado eleitoral na Tailândia é oportunidade de «reconciliação»

Yingluck Shinawatra Reuters

O embaixador português na Tailândia acredita que o resultado das legislativas é uma oportunidade para a reconciliação, num país marcado por várias tentativas de golpe de Estado.

Nas eleições de domingo, o Pheu Thai (Para Tailandeses), partido ligado ao ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, liderado pela sua irmã, Yingluck Shinawatra, conquistou a maioria absoluta, com 265 dos 500 lugares no Parlamento. O Partido Democrático, do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, obteve 159 lugares.

O Exército já disse que vai aceitar a vitória nas legislativas do partido de Yingluck Shinawatra, uma empresária de 44 anos que chegou à política apenas há dois meses.

O embaixador de Portugal na Tailândia disse, esta segunda-feira, à TSF que antes de mais é preciso destacar a tranquilidade com que decorreu todo o processo eleitoral.

«A campanha eleitoral correu praticamente sem incidentes (...) de uma forma que possivelmente há uns meses atrás não se esperaria», frisou.

Sem querer entrar em grandes comentários sobre o facto de ser agora uma mulher a liderar a Tailândia, Jorge Torres Pereira destacou o facto de as declarações de todos os actores políticos terem sido no sentido de «diminuir a tensão e de não exacerbar as coisas».

«Assiste-se aparentemente a um esforço de dar a oportunidade de que este resultado eleitoral se traduza, no fundo, na reconciliação, que é o objectivo político a prazo mais importante para este país», acrescentou o diplomata.