A venda, que será feita por fracções, foi aprovada apenas pelo PS e criticada pela oposição, que entende que esta operação pode mesmo ser ilegal e anulada.
A Assembleia Municipal de Leiria autorizou, por maioria, a Câmara a vender o estádio Magalhães Pessoa, um dos palcos do Campeonato Europeu de Futebol 2004, pelo valor de 63 milhões de euros.
A venda do estádio, que é justificada pelo facto de a manutenção ser demasiado cara, vai ser feita por fracções, depois de o equipamento ser dividido em quatro partes.
Uma parte da bancada ficará nas mãos da autarquia para criar um centro recreativo, ao passo que o restante será colocado à venda.
Entre as partes a vender está um parque de estacionamento de 450 lugares, o campo de futebol e as bancadas (com um preço de quase 40 milhões de euros) e ainda o topo norte do estádio, que nem sequer chegou a ser concluído.
Segundo a agência Lusa, a aprovação da venda foi feita apenas pelo PS, tendo PCP e PSD defendido que uma eventual venda poderá mesmo ser ilegal e anulada, já que o estádio pertence a uma empresa municipal com direcção própria.
Os comunistas consideram que este negócio é bom para os privados, mas uma calamidade para os cofres municipais, ao passo que o Bloco de Esquerda lembrado que já tinha defendido a implosão do estádio.
Por seu lado, o CDS acusou o executivo municipal de ter dirigido o processo de forma incorrecta, enquanto que o PS culpou os custo de manutenção do estádio pela má situação financeira da câmara.
O Estádio Magalhães Pessoa, casa arrendada da U. Leiria, teve uma assistência média na última temporada de 1300 pessoas por jogo, a mais baixa do campeonato português.