Economia

Corte de rating não terá muita influência em emissão de bilhetes do Tesouro, diz economista

O economista Filipe Garcia, da Informação e Mercados Financeiros, acredita que a emissão de bilhetes de Tesouro desta quarta-feira já estará mais ou menos preparada e, por isso, não deverá ser muito afectada pelo corte do rating de Portugal.

O economista Filipe Garcia não acredita que o corte do rating português pela Moody's tenha muita influência na emissão de bilhetes do Tesouro que o Estado vai fazer esta quarta-feira.

«Penso que do ponto de vista da emissão de dívida que Portugal irá fazer o efeito não será muito grave, porque penso que esta emissão estará mais ou menos preparada», adiantou.

Este economista da Informação e Mercados Financeiros considera que «não faria muito sentido ir simplesmente testar o mercado, ou seja, indo Portugal ao mercado já terá mais ou menos colocado a sua dívida».

«Poderá ter que pagar um pouco mais, mas, em princípio, não trará problemas de maior», acrescentou Filipe Garcia, que crê este corte poderá «prejudicar mais aquilo que são as expectativas relativamente à implementação do plano de austeridade em Portugal e da capacidade que esse plano,por si só, terá para resolver o problema».

Esta quarta-feira, o Estado emite bilhetes do Tesouro com maturidade a três meses e pretende atingir 750 milhões a mil milhões de euros com este leilão, o quinto desde que Portugal pediu ajuda externa.