Para este economista que apresentou queixa contra as agências de rating, a decisão de cortar o rating de Portugal para lixo é «incompreensível como sempre, incoerente e não justificada».
O professor José Reis, um dos economistas que apresentou queixa contra as agências de rating, entende que é impossível perceber a decisão da Moody's de cortar o rating a Portugal para o nível de lixo.
Ouvido pela TSF, este professor da Universidade de Coimbra qualificou de «incompreensível como sempre, incoerente e não justificada» este decisão e considerou que «ninguém a entende» esta «lógica insaciável e cega».
«Muito menos entende o próprio Governo que está nesta posição um bocadinho patética de ter ido entregar aos mercados e às agências de rating 50 por cento do nosso subsídio de férias numa bandeja dourada e leva uma resposta deste tipo».
Por seu lado, o presidente do ISEG considerou que será melhor ir ao fundo rapidamente para subir o mais rapidamente possível do que haver uma «descida muito prolongada no tempo onde parece que é uma eternidade o fim da crise».
«Isto parece que condena gerações sucessivas e parece que não se vê luz ao fundo do túnel. Prefiro que, como em tudo na minha vida pessoal, se tenho de passar por um mau momento que esse momento se defina rapidamente para rapidamente começar a melhorar e a crescer», acrescentou João Duque, ouvido pela TSF.