O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre) exige saber quais os critérios do Governo para a reorganização administrativa, mas rejeita desde já o critério da poupança.
Este sábado, Passos Coelho afirmou que as medidas de reorganização administrativa acordadas com a troika vão ser cumpridas. Confirmou ainda os cortes nas transferências para as autarquias e prometeu uma nova lei das finanças locais e extinguir freguesias.
«Ainda não sabemos qual a fundamentação da reorganização administrativa, desejamos saber a resposta a esta questão, que critérios é que vão ser aplicados», reagiu, este domingo, o presidente da Anafre, em declarações à TSF.
É preciso conhecer os impactos dessa medida, tendo em conta que «os critérios que servirem para uma zona podem não servir para outra», e ainda os «objectivos que se pretendem atingir com esta reforma», reforçou.
«Não aceitamos a extinção de qualquer identidade, estamos preparados para pensar uma reorganização administrativa sem perda de identidade tendo com objectivo único - que nos é muito caro - a dignificação da instituição freguesias», avisou.
O responsável da Anafre disse ainda que o assunto deve ser agora debatido no terreno, junto das comunidades locais.
Este sábado, Passos Coelho explicou que a redução de autarquias não passa pelo fim de juntas de freguesia no Interior do país por ser uma zona muito desertificada. Uma posição que merece o aplauso da Anafre.
«É um critério importantíssimo, daí que o número não pode ser só por si um dos critérios, porque então os distritos do nosso Interior seriam profundamente afectados pela reorganização administrativa», disse.