Vida

Mais de cem passageiros do navio Bulgária continuam desaparecidos

Sobrevivente do naufrágio no rio Volga, na Rússia. Reuters

O Governo russo anunciou que é pouco provável que as vítimas do naufrágio sejam encontradas com vida. As operações de resgate são retomadas segunda-feira de manhã.

Entre 102 e 106 pessoas que seguiam a bordo do navio Bulgária continuam desaparecidos, havendo já poucas possibilidades de serem encontrados com vida, anunciou o Ministério para Situações de Emergência da Rússia.

Irina Andrianova, porta-voz desse Ministério, disse à agência Ria-Novosti que o número de pessoas salvas é de 77, uma mulher morreu e desconhece-se o paradeiro de mais de cem.

«Às 20h45 de Kazan (17h45 em Lisboa), chegou o navio Arabella e pudemos confirmar que 77 pessoas foram salvas. Continua por determinar o destino de 102 a 106 pessoas», precisou aquela responsável.

Antes, o mesmo Ministério anunciara que tinham sido salvas 85 pessoas.

O navio de recreio, que transportava passageiros das cidades de Bolgar para Kazan, na Tartária, república russa situada a sudeste de Moscovo, afundou-se numa zona do rio Volga com 20 metros de profundidade e a cerca de três quilómetros da margem.

O barco foi construído em 1955 na Checoslováquia e não tinha casco duplo, o que originou o seu rápido afundamento.

Uma fonte da polícia russa disse à Ria-Novosti que uma das causas do afundamento poderia ter sido o excesso de passageiros a bordo do barco.

Equipas de mergulhadores que estiveram no barco afundado, citados pelas agências russas, consideram que «são mínimas as possibilidades de encontrar pessoas com vida».

As equipas de salvamento suspenderam as operações de resgate ao princípio da noite de domingo e irão retomá-las segunda-feira de manhã.