Ambiente

Agricultura: Poupanças no ar condicionado do ministério abrangem 10500 funcionários

A ministra da Agricultura revelou que a poupança energética com redução no ar condicionado abrange os 10500 funcionários dos 1500 edifícios do Ministério da Agricultura e Ambiente, podendo alargar-se a toda a administração se os resultados forem positivos.

Aos jornalistas, Assunção Cristas explicou que, além do efeito esperado na factura da electricidade, o corte no ar condicionado, subindo a temperatura aos 25 graus, também permite a redução das emissões de dióxido de carbono, e traz mais conforto aos funcionários homens, que podem tirar a gravata, e às mulheres, que não têm de enfrentar gabinetes mais frios.

Segundo a ministra da Agricultura, as estimativas para esta medida, que se prolonga pelo verão, «apontam para uma redução de dióxido de carbono que tem a ver com o que automóveis ligeiros emitem [num dia] numa cidade de tamanho médio, em Portugal, como Aveiro, Braga ou Guimarães».

O objectivo, explicou a governante, é criar uma temperatura de conforto que permita gastar menos no ar condicionado e na factura energética, explicou a governante, mas não avançou as estimativas existentes para os gastos de electricidade do Ministério e consequentes poupanças esperadas.

Num encontro no Ministério, onde alguns homens já dispensaram a gravata e se podem observar janelas abertas, Assunção Cristas salientou que «é um corte de despesa que não custa às pessoas, os outros [que é necessário fazer] poderão custar mais».

Aliás, a governante espera um bom acolhimento por parte dos funcionários de todo o país à sua decisão definida em despacho assinado na quinta-feira, mesmo dia em que foi comunicada a todos os departamentos.

Na opinião de Assunção Cristas, deverá ser do agrado das pessoas que «podem estar vestidas de uma forma mais confortável e os homens habitualmente queixam-se do uso da gravata».

A experiência já realizada em vários países e organizações internacionais, é agora aplicada em Portugal, «no ministério que tem o ambiente e que é grande, podemos ter uma base de aplicação maior, a mais pessoas, a mais edifícios e depois perceber quais os resultados», referiu.

O passo seguinte, salientou, é «propor ao Governo alargar esta experiência durante a época de Verão».