Segundo o presidente do BIC Portugal, Mira Amaral, a intenção será fazer do BPN um banco «reduzido em termos de activos e passivos e trabalhadores e mais pequeno em termos de agências».
O BIC Angola vai apresentar uma proposta para comprar o BPN e que será apresentada na quarta-feira, data limite para a apresentação de propostas relativas à compra deste banco que o Governo tem de privatizar até ao final da próxima semana, segundo o acordo de ajuda externa.
Ouvido pela TSF, o presidente do BIC Portugal explicou que a intenção é fazer do BPN um banco «mais pequeno, reduzido em termos de activos e passivos e em termos de trabalhadores e mais pequeno em termos de agências, dado que não precisamos de todas» estas agências.
Ainda de acordo com Mira Amaral, a proposta do BIC Angola «tem como pressuposto que o Governo previamente capitalize o banco por forma a que ele tenha rácios de solvabilidade aprovados e de acordo com as imposições do Banco de Portugal».
«É óbvio que também esta proposta significava para nós que a marca BPN desaparecia e esse universo mais restrito seria integrado no banco BIC português», explicou.
Mira Amaral considerou ainda que a «nossa proposta é preferível à liquidação do banco, mas isso é um problema do vendedor».
«Não estamos nem pressionados nem angustiados. A vida continuará se não ficarmos com o BPN. É uma possibilidade que estudámos e na base disso fizemos uma proposta sendo do interesse nosso, mas que achamos também para o Governo», frisou.
Mira Amaral disse ainda desconhecer a existência de outras propostas e lembrou que a proposta do BIC «é no contexto de um concurso aberto». «Se há outras propostas tem de perguntar ao Governo», concluiu.
Na sua edição desta segunda-feira, o Diário Económico avança que também o Banco Rural, uma das maiores instituições bancárias privadas brasileiras, está interessando em entrar na corrida da compra ao BPN.