Num documento que vai apresentar ao ministro da Administração Interna, o Sindicato Unificado da Polícia diz que algumas chefias da PSP desviam viaturas novas para seu uso pessoal.
O Sindicato Unificado da Polícia considera que há abusos na utilização das viaturas da PSP por parte das chefias, denúncia que será feita num documento que será apresentado ao ministro da Administração Interna, Miguel Macedo.
Em declarações à TSF, o presidente deste sindicato disse mesmo que estas viaturas da PSP chegam a ser desviadas da investigação criminal para o uso próprio das chefias.
Peixoto Rodrigues indicou que não há «qualquer tipo de controlo em termos de quilometragem, gastos de combustível e portagens».
«Temos conhecimento de que a grande maioria dos senhores comandantes têm também direito a motorista. Muitos deles, ao fim-de-semana, abdicam dos senhores motoristas porque levam as viaturas para casa», acrescentou.
O dirigente deste sindicato denunciou ainda que «quando vêm viaturas novas para a investigação criminal muitas vezes os senhores comandantes arbitrariamente ficam com essas viaturas porque são novas».
«E as que lhes estavam distribuídas há três ou quatro anos são postas a circular para a área operacional», adiantou Peixoto Rodrigues.
O Sindicato Unificado da Polícia considera ainda injustificado que «todos os chefes de serviço, directores de departamento, comandantes metropolitanos e distritais tenha telemóvel de serviço».
«A polícia tem uma rede interna de telefones que podem ser perfeitamente utilizados e é desnecessária esta utilização supérflua dos telemóveis», frisou.
Para Peixoto Rodrigues, também «não faz qualquer tipo de sentido a PSP ter ao seu serviço uma banda de música, sediada em Lisboa, e uma fanfarra, sediada no Porto». «Estamos a falar em milhões de euros anuais que estas situações acarretam», concluiu.