Política

Maria de Belém defende entendimentos alargados em tempos de crise

Maria de Belém Global Imagens

A líder interina da bancada parlamentar do PS pediu entendimentos «com sustentação mais alargada» para que os «inimigos externos» não se aproveitem esta situação.

A líder parlamentar interina do PS defende entendimentos alargados em tempos de crise e não uma auto-flagelação da classe política, num recado que também dirige ao seu partido.

«Se formos nós próprios a ferirmo-nos uns aos outros, partiremos muito mais frágeis para esse confronto com os tais inimigos externos», recordou Maria de Belém.

Entrevistada pela TSF, a ex-ministra da Saúde explicou também que «se formos nós próprios a sangrar-nos com certeza que o cheiro do sangue atrairá os predadores».

«Preferia que fôssemos capazes (e ainda é uma questão de apelarmos ao bom senso de todas as partes envolvidas) de nos entendermos com uma base de sustentação mais alargada possível no sentido de evitarmos uma flagelação interna que seria aproveitada pelos nossos inimigos externos», frisou.

Maria de Belém sublinhou ainda que já fez saber aos dois candidatos à liderança do PS que não está disponível para continuar à frente da bancada parlamentar socialista.

«Penso que sou muito mais útil a fazer outras coisas e portanto foi isso que foi acordado. Portanto, o que é acordado tem muita força», lembrou.

Esta dirigente socialista revelou ainda que prefere «emitir as suas opiniões nos órgãos próprios em primeira mão» e admitiu que se aproxima de António José Seguro na ideia de dar fôlego ao gabinete de estudos do PS.

Por outro lado, reconheceu que se afasta de Francisco Assis na proposta de abrir as directas a não militantes.

«Vejo com muita dificuldade que pessoas não pertencentes ao PS, não registadas sequer como simpatizantes, pudessem participar em escolhas internas e de responsabilidade interna sem que se verificasse até dupla participação em relação a outras áreas politico-partidárias», explicou.