O economista espera que o Governo tenha uma «boa justificação» para o novo modelo de governação da Caixa Geral de Depósitos (CGD), defendendo que o mesmo já foi ensaiado sem sucesso.
«Não vi a justificação e espero que tenham uma boa justificação [para o novo modelo de administração da CGD]. Foi um modelo ensaiado há uns anos atrás e não deixou boa memória. Espero que se tenham acautelado as razões do insucesso quando este modelo foi tentado há uns anos atrás», disse o antigo presidente da Associação Portuguesa de Bancos à agência Lusa à margem da apresentação de um livro sobre os 40 anos da SEDES.
O ministro das Finanças Vítor Gaspar explicou na terça-feira que a «confusão» existente sobre o número de administradores da Caixa Geral de Depósitos deve-se às alterações ao modelo de governação do banco, mostrando-se «orgulhoso» dos nomes escolhidos.
Já hoje o accionista único da CGD adoptou o modelo de governação anglo-saxónico, elegendo nove membros, além do presidente e do vice-presidente, para o conselho de administração, e aprovando igualmente a comissão executiva que contará com sete responsáveis, num total de 11 elementos.