A empresa destinada à requalificação da zona ribeirinha tem ainda vários projectos em curso, mas o novo Executivo reforça a necessidade de cortar despesas.
Só no ano passado, o Estado gastou com a Frente Tejo mais de 400 mil euros. Um valor, revela o jornal i, usado para pagar salários, subsídios de almoço, seguros de saúde, despesas com telemóvel, combustíveis e viaturas de serviço.
A solução de extinguir a sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos integra-se nos planos de redução de despesa pública do actual Executivo, com o objectivo de reduzir o défice orçamental.
Ao que adianta o Público, a dissolução vai acontecer no último dia do ano. O jornal acrescenta que a vontade do anterior Governo de José Sócrates era prolongar a vida da empresa destinada à requalificação da zona ribeirinha muito para lá de 31 de Dezembro.
O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, até já tinha conseguido a aprovação pelo executivo camarário da entrada do município no capital da empresa para concretizar o centro de arte africana.
O i admite que a solução jurídica para desmantelar a Frente Tejo ainda está a ser estudada. O governo pondera integrar o legado na Parque Expo e distribuir os projectos pela autarquia de Lisboa, turismo de Portugal e Ministério da Administração Interna (MAI).
O presidente da empresa, João Biencar Cruz, revelou ao jornal Público que aguarda orientações superiores sobre o futuro da sociedade e que apresentou um ponto de situação sobre os projectos em curso.
Um deles é o novo Museu dos Coches, com um orçamento de 41 milhões de euros. Contudo, o Executivo de Passos Coelho entende que outras entidades poderão levar por diante esse plano de actividades.
A TSF já tentou contactar a Frente Tejo e o antigo ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, mas até agora sem sucesso.