Mais de 500 acções de insolvência foram registadas, em média, por mês no primeiro semestre, segundo dados de um estudo da Coface divulgado esta quinta-feira.
Entre Janeiro e Junho deste ano, foram registadas em Portugal mais de 3000 acções de insolvência, um aumento de quase onze por cento em relação ao mesmo período do ano passado.
Por regiões, os distritos do Porto, Lisboa e Braga, por esta ordem, são os que registam um maior número de acções de insolvência, enquanto que pela positiva, impulsionados pela forte dinâmica turística, se destacam o distrito de Faro e a Região Autónoma dos Açores.
Olhando para os sectores que apresentam maiores riscos de insolvência, os mais vulneráveis são a fileira da moda - onde se incluem os têxteis, o vestuário, o couro e o calçado - o sector da construção, o comércio grossista e o comércio a retalho.
Já os que menos sofreram com a crise foram as áreas do lazer e da cultura, com destaque para o turismo, o ramo alimentar, as actividades de educação e saúde humana, bem como a logística, que inclui o sector dos transporte e do armazenamento.
Já as constituições de empresas registaram um aumento de quase 18 por cento face aos primeiros seis meses de 2010, passando das mais de 16500 empresas criadas no primeiro semestre do ano passado para as quase 20000 no mesmo período deste ano, com Lisboa e Porto a liderarem os distritos com maior actividade empresarial.
Já os distritos de Beja, Portalegre e a Região Autónoma dos Açores são as regiões onde a criação de empresas teve menos impacto.