O sindicato dos bancários quer contribuir para a resolução do problema dos trabalhadores que não ficarem no BPN após a conclusão da venda ao BIC, estando a direcção a reunir para decidir a posição a apresentar.
«A nossa grande preocupação são os trabalhadores», disse o presidente do sindicato, Rui Riso, a propósito do anúncio de que deverá haver despedimento de cerca de metade dos funcionários do BPN.
«Pensamos que o despedimento e as indemnizações não são a única solução dada a excepcionalidade do caso e, por isso, também impõe, na nossa opinião, medidas excepcionais para os trabalhadores cujos postos de trabalho possam estar em causa. A maior parte dos trabalhadores entendemos que pode ser absorvida por entidades públicas e outra parte por entidades privadas, desde que também haja envolvimento da segurança Social», explicou Rui Riso.
O ministério das Finanças referiu domingo, em comunicado, que «a proposta apresentada pelo banco BIC assegura a integração de um mínimo de 750 dos actuais 1580 colaboradores do BPN».
O sindicato dos bancários reuniu-se recentemente «com o secretário de Estado do Tesouro e com o secretário de Estado da Administração Pública», tendo «ficado claro que os sindicatos seriam parceiros ou poderiam, pelo menos, dar contributos para a resolução dos problemas dos trabalhadores que pudessem vir a não integrados com a venda do BPN», acrescentou o sindicalista em declarações à agência Lusa.