Washington queixa-se que a Standard&Poor's fez mal as contas, mas a China e a Índia já vieram dizer que está na hora do "Tio Sam arrumar a casa" e avisam que «os dias da trapalhada» em que o país vivia acabaram.
A reacção do maior credor norte-americano, à descida do rating dos EUA, não se fez esperar. Para a China, Washington têm de ter consciência que «acabaram os dias da trapalhada em que o país pedia os empréstimos que bem queria para corrigir as asneiras orçamentais».
Washington tem, por isso, de assumir a total responsabilidade e as consequências do buraco nas contas públicas. Pequim defende ainda que deve ser criada uma nova reserva de fundos que seja estável e à escala global.
Também a Índia aparece a pressionar os EUA. O ministro das Finanças considera que a situação é grave, por isso tem de ser «analisada profundamente e com tempo» porque não adianta tomar uma posição pouco fundamentada.
Já o conselheiro de economia do executivo indiano considera que o acordo para aumentar o tecto da dívida e as medidas encontradas não chegam. Os EUA têm de apresentar um plano credível de consolidação orçamental com medidas fiscais com impacto.
Em jeito de defesa, os EUA garantem que a Standard&Poors está a cometer um erro porque falhou as projecções orçamentais em dois biliões de euros.