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Crise não afecta tesouras e secadores norte-americanos

Cabeleireiro dr

A crise tem afectado muitos países e diversos sectores da economia, engrossando as estatísticas do desemprego, mas há casos que contrariam esta tendência. Nos EUA, quem apara barbas e corta cabelos não tem razão de queixa.

«Os cabeleireiros crescem como cogumelos», garante o jornal New York Times.

Os dados mais recentes dos censos nos EUA mostram que exactamente na altura em que despoletou a crise, entre 2008 e 2009, o sector cresceu em média oito por cento. Só em Washington o salto foi de 18 por cento.

Mesmo não sendo um serviço essencial, os norte-americanos não deixam de lado os cuidados com o cabelo. Um dos trunfos do sector, garante a Associação Nacional de Barbeiros, é o facto de ser um trabalho que não se pode deslocalizar, ou seja, não daria muito jeito ir à China cortar o cabelo.

A recessão parece não chegar às tesouras e aos secadores norte-americanos. Os salões de cabeleireiro têm até feito adaptações à era da tecnologia, com páginas nas redes sociais como o Facebook.

Mas mais do que em qualquer outra área, muitos cabeleireiros garantem que não precisam de grande publicidade porque são os próprios clientes quem parte para à procura.

Da raiz à ponta, o "mercado do cabelo" parece forte e brilhante nos EUA para lá dos números, os motivos já andam no campo da especulação.

Há quem defenda que o desemprego até ajuda porque em busca de trabalho é preciso ter um bom visual, ou mesmo que a máquina zero dos muitos militares norte-americanos mantém em alta o número de clientes de barbeiros e cabeleireiros.