A fraca afluência às urnas marcou as eleições presidenciais em Cabo Verde, onde a Comissão Nacional de Eleições prevê uma abstenção recorde.
A fraca afluência às urnas marcou as presidenciais deste domingo em Cabo Verde, situação que levou mesmo a que os principais políticos deste país fizessem um apelo ao voto no dia deste acto eleitoral.
O presidente cessante, Pedro Pires, pediu aos cabo-verdianos para que votassem «não deixando que outros assumam a sua responsabilidade», copiando assim o que tinha acabado de fazer.
Por seu lado, os os quatro candidatos à sucessão de Pedro Pires, o primeiro-ministro José Maria Neves e o líder da oposição Carlos Veiga admitiram que a escolha desta data para as presidenciais não foi a melhor.
José Maria Neves referiu mesmo que encontrou muito cabo-verdianos de férias e lembrou que o início da época das chuvas no país influenciou negativamente a afluência às urnas.
«A campanha foi muito difícil, mas era a data que tínhamos. O que devemos fazer agora é apelar para que as pessoas participem e acho que até ao final do dia as pessoas vão votar», afirmou o chefe do governo cabo-verdiano.
Menos optimista, estava a porta-voz da Comissão Nacional de Eleições que, a uma hora do fecho das urnas, indicou que se perspectivava uma abstenção recorde, tendência que também se verificava na diáspora.
À agência Lusa, Maria João Novais disse mesmo que os primeiros resultados oficiais provisórios deverão ser conhecidos «mais depressa do que se esperava» precisamente devido à fraca participação dos pouco mais de 300 mil eleitores inscritos.