O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, disse esta segunda-feira que a RTP vai apresentar um programa de reestruturação até dia 15 de Setembro.
O governante falava aos jornalistas na sede da estação pública, em Lisboa, depois de esta segunda-feira se ter reunido com o conselho de administração da empresa.
O programa a apresentar pela administração da RTP visa abordar o futuro mais próximo da empresa «com maior optimismo e maior eficiência, é isso que se pretende», declarou Miguel Relvas.
«Estamos a falar de canais de televisão e rádio públicos, que têm de ter objectivos de eficiência. Os investimentos que aqui são feitos são feitos com o dinheiro dos contribuintes portugueses e esse grau de exigência tem de existir», disse o governante, que se encontrou também com alguns directores da RTP, casos de Nuno Santos, director de informação, Hugo Andrade, director de programas da RTP1, e Francisco Teotónio, director de multimédia do grupo.
Relembrando que a RTP apresentou «resultados muito interessantes» no primeiro semestre do ano, e que «indiciam já um caminho de reestruturação e eficiência», o ministro advertiu ainda para a necessidade de se «ir mais longe».
«Cabe agora fazer uma avaliação mais profunda», sublinhou.
«Temos de definir uma estratégia clara, objectiva, que permita que o compromisso de eficiência se traduza num resultado de qualidade. É essa a base da relação estabelecida com o conselho de administração da RTP», sustentou ainda o governante com a pasta da comunicação social, reiterando que a privatização de canais de rádio e televisão da empresa permanece um objectivo do Executivo.
A privatização de canais de rádio e televisão da RTP e a alienação da participação do Estado na agência Lusa são medidas previstas para momento oportuno no programa do actual Governo.
No que à RTP diz respeito, Francisco Pinto Balsemão, dono do grupo Impresa, que detém a SIC, e Miguel Pais do Amaral, presidente não executivo da Media Capital, dona da TVI, já demonstraram a sua oposição à privatização de um canal público, alertando para a diminuição dos ganhos com a publicidade.