A presidente da Assembleia da República disse, no final de um encontro com representantes da "troika" no Parlamento esta segunda-feira, que na reunião não foi abordada a avaliação em curso.
O encontro, que decorreu à porta fechada, teve a presença do líder da missão em Portugal do Fundo Monetário Internacional, Poul Thomsen, tal como o da Comissão Europeia, Jürgen Kröger, e do Banco Central Europeu, Rasmus Rüffer, que se reuniram com a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, e representantes de todos os partidos, das comissões parlamentares de Assuntos Europeus, de Orçamento, Finanças e Administração Pública e ainda da comissão eventual de acompanhamento das medidas do programa de assistência financeira.
No final da reunião, os responsáveis da "troika" não falaram, ficando a cargo de Assunção Esteves explicar que a reunião serviu para a "troika" conhecer os responsáveis parlamentares e os representantes dos partidos na Assembleia da República, e que a situação na Europa esteve em discussão, ao contrário da avaliação que a missão faz dos primeiros meses de implementação do programa.
«A ideia foi manifestar o sentido de colaboração institucional que o Parlamento enquanto Parlamento tem com os compromissos internacionais do Estado. [...] Foi uma troca de impressões clarificadora, onde também se falou do contexto da Europa e do mundo, que afinal estão indelevelmente ligados a todo o problema e todos os desafios que Portugal também enfrenta», afirmou a presidente da Assembleia da República.
Questionado pelos jornalistas se os líderes da missão abordaram a presente avaliação que deverá acabar no final desta semana, Assunção Esteves garantiu que «não se falou em níveis de cumprimento» e que nem competia a esta reunião fazê-lo.
A missão encontra-se em Portugal até sexta-feira para fazer a primeira avaliação sobre o cumprimento do programa, onde estarão sob escrutínio o calendário de medidas a aplicar até final de Julho, dependendo o desembolsar da próxima tranche do empréstimo da avaliação da missão.