Numa circular, o regulador bolsista português recorda que as vendas curtas ou short selling constituem uma «prática de contra-ordenação muito grave».
A CMVM detectou, nos últimos dias, falhas de liquidação em determinadas negociações de acções, o que poderá indiciar a existência de vendas curtas ou short selling, uma prática proibida pelo regulador bolsista português.
Numa circular enviada aos intermediários financeiros, o supervisor bolsista português diz que o aumento destas falhas «pode indiciar a existência de vendas curtas que não foram cobertas em devido tempo de modo a assegurar a sua liquidação».
Após reforçar os procedimentos de monitorização de vendas curtas, a CMVM diz ter detectado «situações que consubstanciam a infracção das normas em vigor, o que constitui prática de contra-ordenação muito grave e em relação às quais instaurará os respectivos processos».
Tal como já acontecia em Portugal, as autoridades bolsistas francesas, italianas, espanholas e belgas vão proibir estas vendas, embora por períodos temporários, para combater os «falsos rumores» que têm estado a desestabilizar os mercados financeiros, anunciou o regulador europeu na quinta-feira à noite.