Saúde

Hospital no Seixal «não é capricho, é necessidade», diz autarquia

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A Câmara Municipal do Seixal diz que não há justificação para o Governo suspender para avaliação a construção de um hospital público que responderá à necessidade de 400 mil pessoas.

«O hospital no Seixal justifica-se, é uma necessidade e não um capricho de autarca». Esta é a explicação do vice-presidente da Câmara Municipal do Seixal para manter a construção da obra da infraestruturas de saúde que deveria esta pronta em 2013.

Em declarações à TSF, Joaquim Santos, explica que «basta ser utente do hospital Garcia de Orta, em Almada, para perceber a pressão com que os profissionais têm de lidar todos os dias devido à afluência de utentes».

O processo para a construção de um novo hospital no Seixal está «suspenso para avaliação, no quadro dos compromissos internacionais assumidos pelo Estado português», confirmou o Ministério da Saúde.

Contudo, o autarca do Seixal sublinha que o poder local vai continuar a insistir com o Governo para a conclusão do novo hospital público no distrito de Setúbal que deveria estar concluído em 2013.

A câmara conta que a 14 de Julho solicitou uma reunião com o novo ministro da Saúde, Paulo Macedo, mas, diz, «ainda não obtivemos resposta».

O hospital público do Seixal é um equipamento reivindicado há mais de uma década pelos municípios do Seixal, Almada e Sesimbra, onde vivem cerca de 400 mil pessoas, que actualmente recorrem ao hospital Garcia de Orta, em Almada.

A 12 de Fevereiro deste ano, a anterior ministra da Saúde, Ana Jorge, admitiu que o processo de construção do hospital estava «atrasado», não avançando, no entanto, nessa altura, novas datas em relação ao prazo inicialmente previsto, final de 2012.

Em resposta ao grupo parlamentar do PCP na Assembleia da República, o Governo afirmou que «em Abril/Maio de 2012 [terminaria] o procedimento de concurso para a execução da obra, estimando-se que a mesma [estivesse] concluída em 19 meses», ou seja, no final de 2013.