Militares, polícias e forças de segurança vão reunir-se esta semana para decidir o que fazer perante a decisão anunciada pelo Governo de congelamento de carreiras no sector.
Depois do Executivo ter anunciado o congelamento de carreiras no Ministério da Administração Interna (MAI) e no Ministério da Defesa Nacional, os profissionais do sector vão reunir-se na próxima quinta-feira para decidir o que fazer.
À TSF, Paulo Rodrigues, da comissão coordenadora de segurança, adiantou que desta reunião podem ser decididos protestos.
«Todas as possibilidades estão em cima da mesa, todos as acções de protesto estão em aberto. A greve é um direito de algumas estruturas, o SEF, a ASAE e a Guarda Prisional têm o direito de exercer greve. Portanto, como é evidente essa é também uma das questões que pode estar em cima da mesa», avançou Paulo Rodrigues.
Na reunião vão estar também representadas as associações de militares. Luís Reis, da Associação de Praças da Armada do Exercito e Força Aérea, lembrou na TSF os motivos que têm para participar nesta reunião.
«Quando o senhor ministro das Finanças vem dizer aos portugueses que a partir de Setembro estão congeladas as progressões e promoções isto acaba por ser um falácia porque todos os portugueses sabem, decorrendo da lei do Orçamento de Estado para 2011, que as progressões já estavam congeladas», justificou.
«Portanto, é colocar o ónus da despesa nos militares quando os militares já estavam a ser afectados», concluiu Luís Reis.
António Lima Coelho, da Associação Nacional de Sargentos, sublinhou na TSF a importância deste encontro.
«O simples facto de nos encontrarmos para conversar sobre matéria comum, penso que vale só por si e dá um sinal claro aos nossos cidadãos de que os que têm que zelar pela segurança interna e pela defesa nacional e soberania estão preocupados pela forma como foi exposto à opinião pública aquilo que é a sua condição», referiu António Lima Coelho.