A um mês do arranque das aulas, há alunos que ainda não estão colocados. O Conselho de Escolas responsabiliza a crise mas também efeito dos "rankings".
O presidente do Conselho de Escolas, Manuel Esperança, disse esta manhã na TSF que o problema dos alunos que ainda não têm escola, a um mês do início das aulas, verifica-se sobretudo na grande Lisboa.
Contudo, Manuel Esperança frisou que «nesta altura, tanto em Lisboa, como em outros grandes centros, certamente que existem escolas que ainda têm vagas, mas por um motivo ou por outro não são procuradas».
O presidente do Conselho de Escolas referiu também que muitos pais fazem questão de tentar colocar os filhos nas escolas mais bem cotadas nos "rankings", mas alertou que as vagas não chegam para todos.
«Todos querem o melhor para os filhos e, por isso, procuram as escolas a que a comunicação social faz mais referência através dos rankings», explicou.
Outro motivo para haver ainda estudantes sem colocação prende-se com o facto de alguns pais, por causa da crise, estarem a passar os filhos do privado para o público.
«Todos sabemos a situação que o pais está a viver. Portanto, um pai que tenha dois filhos no ensino privado é muito natural que um deles, normalmente o mais velho, vá para o público. Isto verifica-se a nível de entradas do primeiro ano do ensino secundário», referiu Manuel Esperança.