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Ministério do Ambiente suspende o uso de metade da praia de Moledo

O Ministério do Ambiente publicou uma portaria tornando metade da praia de Moledo, em Caminha, com «uso suspenso», mas preventivamente as autoridades marítimas já aplicavam essa determinação desde o início da época balnear.

«Quem estiver naquela zona, a norte do paredão, não está a cometer qualquer ilegalidade, mas arrisca-se a ficar isolado. Com a subida da maré, as águas chegam mesmo ao cordão dunar, que por sua vez está a quase seis metros de altura», explicou o comandante da Capitania de Caminha

Segundo Mamede Alves, esta determinação, que já levou no início da época balnear à «não atribuição» de duas das quatro concessões de apoios de praia em Moledo e à colocação de avisos no areal, deve-se à «forte erosão costeira» que se fez sentir na zona norte no último inverno.

«Simplesmente não há areia suficiente. Além disso, é uma zona em que não há nadador salvador e o mar destruiu os passadiços de acesso, pelo que a única forma de lá chegar é pelo areal. Para sair, pode não ser fácil para todas as pessoas«, acrescentou.

Segundo a capitania, a utilização da praia de Moledo a norte do espaço central «é desaconselhada"» por estes motivos, os mesmos que constam da portaria agora publicada pelo ministério do Ambiente, oficializando o «uso suspenso» daquela área.

Decisão que o ministério liderado por Assunção Cristas justifica com «o fenómeno de erosão costeira recentemente produzido», que levou ao «desaparecimento de parte significativa do cordão dunar e destruiu parcialmente os passadiços de acesso ao areal».