Entre 21 e 28 de Setembro, as forças de segurança realizam a "Semana da Indignação dos Polícias", caso o Governo não dê resposta positiva às reivindicações dos agentes.
A comissão coordenadora dos sindicatos e associações das forças e serviços de segurança agendou uma semana de luta em Setembro, que poderá incluir uma manifestação e paralisações, caso o Governo não dê uma resposta positiva às reivindicações.
As estruturas representativas das forças e serviços de segurança estiveram reunidas para analisar o impacto do congelamento das progressões nas carreiras nos ministérios da Administração Interna e da Defesa anunciadas na semana passada pelo ministro das Finanças.
A Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança realiza entre 21 e 28 de Setembro a "Semana da indignação dos Polícias", que terá início com um encontro nacional no Porto para avaliar a evolução da situação.
Caso o Governo não «cumpra com a lei» e com os estatutos remuneratório que já deveriam ter entrado em vigor na PSP e na GNR no ano passado, a CCP vai promover ao longo dessa semana várias ações de protesto, que poderão passar por paralisações e uma manifestação em Lisboa.
«Aquilo que vamos exigir ao Governo é que cumpra a lei e que cumpra com os estatutos remuneratórios para a PSP. Aquilo que existe neste momento é um duplo prejuízo que está a ser imposto aos profissionais em termos remuneratórios», disse aos jornalistas o secretário nacional da CCP, Paulo Rodrigues.
O responsável não especificou concretamente as acções de protesto, afirmando apenas que a semana de luta termina com uma manifestação em Lisboa e cada estrutura policial vai desenvolver as suas lutas.
Adiantou que há alguns sindicatos, como o do SEF, Guardas Prisionais e ASAE, que têm direito à greve, podendo recorrer às paralisações, enquanto as outras estruturas sindicais vão tomar «as iniciativas que considerarem necessárias».
Paulo Rodrigues, que é também presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), acredita que até 21 de Setembro o Governo «resolva a situação», esperando que na reunião que a CCP vai ter no inicio de Setembro com o ministro da Administração Interna existam «algumas soluções positivas».
Em causa está a aplicação das novas tabelas remuneratórias estabelecidas pelo estatuto profissional, que entrou em vigor a 1 de Janeiro do ano passado.