A ministra Assunção Cristas explicou ao jornal Sol que a Parque Expo é um «mau exemplo que não pode continuar». As empresas e projectos vão ser distribuídos por entidades públicas e privadas.
A decisão foi comunicada ontem (quinta-feira) à gestão da Parque Expo.
Em breves declarações ao semanário Sol, a ministra Assunção Cristas explica que «a empresa foi criada para um determinado fim, mas ao longo dos anos foi acumulando competências para auto justificar a sua manutenção».
A ministra do Ordenamento conclui, por isso, que a Parque Expo «é um mau exemplo» e vai acabar.
A empresa, que no início teve por função a construção e exploração da Expo 98 e conversão da zona envolvente, foi estendendo a sua intervenção a outras áreas e acabou por se transformar numa holding de prestação de serviços na área urbana e ambiental, que vai agora ser retalhada.
O Governo já tem tudo planeado. O Pavilhão Atlântico vai ser privatizado. Quanto ao Oceanário de Lisboa, o Estado não abre mão porque o projecto é lucrativo, auto-sustentável e, nas palavras de Assunção Cristas, desempenha «uma função relevante no desígnio do mar».
Quanto ao futuro da Gare Intermodal de Lisboa, onde se inclui a Estação do Oriente, os 49 por cento que a Parque Expo detém vão ser distribuídos. A Refer e o Metropolitano de Lisboa, que já fazem parte da sociedade responsável pela infra-estrutura, vão ver o seu poder reforçado.
Incerto é, por enquanto, o destino da Marina do Parque das Nações, concessão ou privatização, a decisão final está em estudo.
O Governo pretende chamar a Câmara Municipal de Lisboa a este processo, que é vista como a entidade certa para assumir as competências da gestão urbana asseguradas pela Parque Expo.
Os projectos integrados no programa Polis vão ser transferidos para a Direcção-geral do Ordenamento do Território.
Em 2010, a Parque Expo acumulou prejuízos de quase cinco milhões de euros.