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Godinho Lopes: «Sporting é menos respeitado pelos árbitros do que Benfica e Porto»

Godinho Lopes

O presidente do Sporting disse, esta sexta-feira, ter a «certeza» de que o clube de Alvalade é menos respeitado pelos árbitros do que Benfica e FC Porto.

«Posso dizer que a forma como nós temos sido tratados em Alvalade revela exactamente a falta de respeito», afirmou o presidente leonino, durante a apresentação, hoje em Alvalade, de um documento em o Sporting inscreve diversas propostas para o melhorar o sector da arbitragem no futebol português.

Aliás, Godinho Lopes não tem dúvidas em denunciar a «incompetência» que marca de uma forma geral a actuação dos árbitros nas competições profissionais em Portugal.

«Temos de partir desse princípio, que advém de uma série de factores. Um primeiro aspecto diz respeito à actividade do árbitros não ser exclusivamente o futebol. Também não estão muitas vezes preparados, técnica e fisicamente, para a função que exercem. E ainda porque também não têm preparação psicológica para o ambiente que encontram nos estádios», sublinhou.

A actuação de Carlos Xistra, na primeira jornada da Liga, é apenas um exemplo citado pelo dirigente para ilustrar os «erros sistemáticos» que marcam as arbitragens, nos jogos em que os leões participam.

«O nosso projecto visa dignificar o sector, cuja organização não ajuda à atribuição de responsabilidades e à definição de critérios a utilizar na escolha das equipas de arbitragem», sublinha Godinho Lopes.

Daí que o presidente do Sporting enuncie um conjunto de matérias que têm de ser melhorados. Desde logo, as leis do jogo devem ter adequada divulgação, tal como os critérios de interpretação e aplicação.

A profissionalização dos árbitros, já assumida inclusivamente pela Liga, deve sujeitar-se, na opinião vigente em Alvalade, a regras técnicas e deontológicas de exercício, bem como a consolidação do estatuto e carreira dos «juízes» de campo.

Além disso, o Sporting exige a criação de um sistema de controlo e avaliação que assegure a pronta identificação de erros e faltas, recorrendo as novas tecnologias, sem perturbar o desenrolar dos encontros. «Vamos bater-nos quer em Portugal, quer fora para que esses meios sejam introduzidos, a bem da verdade desportiva».

Uma outra sugestão concentra num número reduzido de pessoas altamente qualificadas e prestigiadas o controlo último e a avaliação da actividade de árbitros e relatórios dos observadores, usando as imagens televisivas.

Por outro lado, Godinho Lopes salientou que não está, com estas propostas, a pressionar seja quem for. «Disse a 5 de Julho que iria apresentar este trabalho. Só se pode sentir pressionado quem não for competente. Se assim for, quem não for capaz, o melhor é que vá para casa», assinalou.