Ciência e Tecnologia

Cientistas descobrem fósseis de micróbios com mais de 3,4 mil milhões de anos

Fósseis de micróbios com mais de 3,4 mil milhões de anos, que viviam num ambiente sem oxigénio e prosperaram graças a compostos à base de enxofre, foram descobertos em rochas australianas, revela um estudo.

«Temos finalmente uma boa prova de que a vida tem mais de 3,4 mil milhões de anos. Isto prova a existência de bactérias que viviam sem oxigénio», adiantou um dos responsáveis pelo estudo, o professor Martin Brasier da Universidade de Oxford.

Segundo um comunicado desta universidade, tratam-se «dos fósseis mais antigos encontrados na Terra».

O planeta Terra tem cerca de 4,5 mil milhões de anos. O primeiro registo de vida data de entre 3,5 mil milhões a 3,8 mil milhões de anos, de acordo com anteriores trabalhos científicos.

Os fósseis agora descobertos por David Wacey e pela sua equipa numa das mais antigas praias do planeta, num local isolado chamado "Strandley Pool", estão associados a cristais microscópicos de pirite, minerais à base de sulfato de ferro, de acordo com o estudo publicado na revista Nature Geoscience.

Esses cristais serão resultado da actividade biológica (metabolismo) passada dos micro-organismos fósseis.

Os cientistas estimam poder «ter a certeza absoluta da idade» dos fósseis, já que as rochas sedimentares onde foram encontradas foram formadas entre dois episódios vulcânicos.

Redação