O ex-presidente do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) negou que existam facturas não contabilizadas no organismo e ficou surpreendido com as palavras de Miguel Relvas.
«Quero referir de uma forma clara que não há facturas nem dívidas escondidas no IDP. Toda a facturação e movimento financeiro passa pelos serviços financeiros e pelos diferentes funcionários, que mantêm numa listagem permanente e actualizada de toda a facturação pendente no IDP», frisou Luís Sardinha, que falava em declarações à agência Lusa.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, revelou esta terça-feira na comissão de Educação, Ciência e Cultura que foram encontradas numa sala do IDP facturas não contabilizadas no valor de 6,78 milhões de euros.
O governante disse que as facturas, emitidas desde 2004 e até este ano, vão ser enviadas para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas para apurar eventuais ilícitos criminais.
«Fiquei surpreendido com o que foi referido pelo senhor ministro devido ao facto de eu sempre ter manifestado disponibilidade em prestar os esclarecimentos que fossem entendidos e necessários relativamente aos procedimentos das nossa administração», explicou o antigo presidente do IDP.
Luís Sardinha, que dirigiu o organismo entre 2005 e 2011, explicou ainda que o montante referido por Miguel Relvas «não comporta aquilo que é a dívida» do IDP.
«Algumas facturas já foram pagas, sendo que o montante elevado tem cobertura financeira do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN)», concluiu.