Economia

Cinco maiores bancos fecharam 85 balcões no 1º semestre, CGD contraria tendência

Os cinco maiores bancos portugueses, a CGD, o BCP, o BES, o BPI e o Santander Totta, encerraram 85 agências no território nacional entre Janeiro e Junho, ajustando as suas redes à actual conjuntura do sector bancário.

Até ao final do primeiro semestre, de acordo com os dados disponíveis na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e nos próprios bancos, o Banco BPI foi a entidade que mais reduziu a sua rede de balcões, com a eliminação de 36 agências, de um total de 47 balcões que o presidente Fernando Ulrich anunciou que serão encerrados, detendo agora 768 agências.

Depois, surge o Santander Totta, que terá fechado 25 agências nos primeiros seis meses do ano, conforme anunciou o seu presidente, Nuno Amado, na apresentação dos resultados semestrais do banco, passando a contar com 669 balcões no mercado português.

Logo a seguir vem o Banco Espírito Santo (BES), que encerrou 36 agências entre Janeiro e Junho, para um total de 709 balcões. Já o Millennium BCP contava a 30 de Junho com 887 balcões, menos cinco do que no final do ano passado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) contrariou a tendência de "emagrecimento" da rede de retalho doméstica, fechando o semestre com mais três agências do que em Dezembro de 2010, num total de 872 balcões.

Os bancos portugueses estão a levar a cabo um processo de desalavancagem (redução do crédito e aumento dos depósitos) devido à crise que afecta o país e o sector em particular, que tem levado a uma diminuição da procura de crédito, que na prática se traduz numa redução do negócio e que leva ao encerramento de balcões.