O ministro francês da Economia reconheceu que existem «pontos essenciais» por determinar sobre o imposto sobre transacções financeiras, defendido pela França e Alemanha, mas espera que a proposta esteja pronta para a próxima reunião do G20.
François Baroin disse, numa entrevista hoje publicada pelo Journal de Dimanche, que a França e a Alemanha ainda não têm «uma posição definitiva» sobre alguns aspectos como por exemplo a definição do cobrador do imposto (Comissão Europeia ou Estados-membros) e a percentagem a aplicar.
Segundo o ministro, Paris e Berlim esperam apresentar «uma posição concreta» a Bruxelas já em Setembro.
No último encontro bilateral entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, a taxa Tobin foi discutida.
Este imposto foi idealizado pelo economista norte-americano James Tobin em 1972, consistindo na aplicação de uma pequena taxa sobre os fluxos de capital para dissuadir os especuladores e criar novas receitas para os cofres públicos.
A França e a Alemanha esperam conseguir avanços «a reunião do G20», que decorrerá nos dias 3 e 4 de novembro, disse o ministro francês.
Por outro lado, numa entrevista hoje publicada pelo jornal alemão Bild am Sonntag, Angela Merkel mostrou-se convicta que a crise na zona euro não fará disparar a inflação, voltando a afastar a ideia de criação de Eurobonds (obrigações europeias) e expressando a sua convicção de que a Europa sairá fortalecida da actual situação.