Política

PCP e Bloco vêem rejeitadas propostas de combate aos falsos recibos verdes

Comunistas e bloquistas chamaram à atenção para os problemas dos falsos recibos verdes, mas os restantes partidos do Parlamento não acolheram as propostas do PCP e do Bloco.

O PCP e o Bloco de Esquerda viram rejeitadas, esta sexta-feira, as suas propostas de combate aos falsos recibos verdes por parte da Direita parlamentar bem como pelo PS.

Durante o debate, a comunista Rita Rato lembrou que «existe mais de um milhão trabalhadores a recibos verdes, uma fatia significativa dos quais são falsos recibos verdes, que ocupam um posto de trabalho permanente, mas não têm um contrato com direitos».

«Não têm qualquer protecção na doença e na gravidez. Não têm subsídio de férias nem de Natal e os falsos recibos verdes roubam-lhes 30 por cento do salário mensal», acrescentou.

A bloquista Mariana Aiveca assinalou que «faz falta para esta situação e para estes prevaricadores e para este escândalo de utilização de trabalhadores de mão-de-obra barata no Estado e no privado uma autoridade tipo ASAE para o trabalho».

Numa resposta a esta deputada do Bloco de Esquerda, o social-democrata Adriano Rafael Moreira defendeu que «precário tem de ser desemprego», pois «quando falamos de precários V. Exas. concentram-se no emprego - esse é que o vosso problema».

«Desemprego precário com a proposta que o seu Governo fez de embaratecer os despedimentos e de despedir mais facilmente e sem qualquer pudor os trabalhadores contratados? Isso é que efectivamente descaramento», retorquiu Mariana Aiveca.

Os socialistas argumentaram, por seu turmo, que não podiam acompanhar as prootestas do comunistas e bloquistas por recearem que estas seejam inconstitucionais, posição que foi classificada como hipócrita pelos partidos mais à esquerda.