O presidente do PSD-Madeira e do governo regional afirmou, esta sexta-feira, que o aumento da divida da região autónoma «não é nada comparado com a vergonha da do Continente».
Alberto João Jardim fez a afirmação durante um discurso no primeiro jantar-comício, na Ribeira do Faial, no concelho de Santana, no norte da ilha, em período de pré-campanha para as eleições legislativas regionais na Madeira, que decorrem a 9 de Outubro.
«A dívida subiu, mas não é nada comparado com a vergonha do Continente. Fizemos uma dívida, mas está aí para ser usada, gerações após gerações, mas eles gastaram em bens de consumo. Foram irresponsáveis», disse.
Dirigindo-se aos eleitores, «pediu» a sua ajuda para alcançar os quatro principais pontos do seu programa para os próximos quatro anos: «Restaurar as finanças da região, concluir as obras que faltam fazer, manter o Estado social e alargar a autonomia».
Sustentou que os madeirenses, se «têm de fazer os mesmos sacrifícios que os outros portugueses fazem, também têm o direito a que Estado português ajude» a região, até porque «quem fez a dívida da Madeira foi a pouca vergonha do Estado português quando lá estavam os socialistas».
Salientou a que disse ser a «revolução tranquila» efectuada pelo PSD-Madeira ao longo dos anos, enunciou as muitas infraestruturas construídas e perguntou: «O que era hoje a Madeira se eu não tivesse sido teimoso, atacado por Lisboa e outros partidos?».
Disse que tinha prevenido: «Eu avisei a tempo que isto não ia acabar bem. Ninguém pode dizer que tive cumplicidade com aqueles que destruíram a nossa pátria e Portugal. Não venham dizer que a culpa é da Madeira, porque é daqueles senhores que não quiseram ouvir os bons conselhos do povo madeirense».
Jardim afirmou ainda que nas eleições de 9 de Outubro o partido «vai ter uma confortável maioria absoluta».