Saúde

BE rejeita imposto sobre «fast-food»

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O BE contestou a aplicação de um imposto sobre a «fast-food», afirmando que não é por esta via que se «modificam hábitos alimentares».

Numa conferência de imprensa no Parlamento, o deputado bloquista João Semedo assinalou que existe «um princípio constitucional de não consignação das receitas fiscais que tornava difícil a aplicação da proposta».

Por outro lado, sublinhou, não foi «por aumentar a carga fiscal sobre o tabaco e as bebidas alcoólicas que se passou a fumar menos ou a beber menos em Portugal».

«Não é por via do aumento dos impostos que se modificam os hábitos alimentares de uma população, seria bem mais importante que se fizesse uma revisão integral e consistente dos hábitos alimentares disponíveis no aparelho educativo nacional», advogou.

Para João Semedo, mais importante seria «uma mudança significativa nos hábitos alimentares dos estudantes» para «diminuir o consumo da chamada 'fast-food'».

Na segunda-feira, o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu a criação de um imposto sobre a «fast-food» e outros alimentos prejudiciais à saúde, avisando que não são possíveis mais cortes no sector sem pôr em causa o Serviço Nacional de Saúde (SNS).