Mundo

Duplo atentado em Quetta causou 27 mortos

O duplo atentado suicida ocorrido quarta-feira em Quetta, no sudoeste do Paquistão, e reivindicado pelos talibã, que quiseram vingar a detenção de um alto responsável da Al-Qaeda naquela cidade, causou 27 mortos, informou hoje a polícia.

Três pessoas que ficaram feridas na sequência do atentado e estavam hospitalizadas acabaram por falecer esta noite, de acordo com um responsável da polícia de Quetta citado pela AFP, o que elevou o balanço avançado na quarta-feira de 24 mortos para 27.

O duplo atentado visava as forças de segurança de Quetta, onde o exército capturou recentemente um importante elemento da Al-Qaeda.

Um veículo armadilhado explodiu ao embater na residência do comandante-adjunto de uma unidade paramilitar afecta ao exército paquistanês. Cerca de dez minutos depois, um suicida atirou duas granadas antes de fazer explodir no mesmo local outra bomba que transportava.

Segunda-feira, o exército paquistanês anunciou a detenção de Yunis al-Mauritani, nome provavelmente falso, um elemento da Al-Qaeda que terá alegadamente sido instruído «pessoalmente» pelo antigo líder da rede terrorista Usama bin Laden para planear atentados nos EUA, na Europa e na Austrália.

As forças paquistanesas referiram na mesma altura que Yunis al-Mauritani, reconhecido como o chefe das operações exteriores da Al-Qaeda, foi capturado pelos serviços de informação na região do sudoeste do Paquistão, próximo da fronteira com o Afeganistão, numa operação que contou com a ajuda dos serviços de informação norte-americanos.

Na mesma operação foram capturados outros dois membros activos da Al-Qaeda, Abdul Ghaffar al-Shami (Bachar Cham) e Messara al-Shami (Mujahid Amino).

O porta-voz do Movimento dos Talibã do Paquistão, Ehsanullah Ehsan, disse à AFP que o atentado serviu para «vingar a prisão dos irmãos combatentes em Quetta pelas forças de segurança».