Ouvido pela TSF, Francisco George assegurou que «todas as vacinas contra a gripe existentes no mercado vão continuar a ter a comparticipação habitual».
O director-geral de Saúde assegurou, esta quinta-feira, que a vacina contra a gripe não vai deixar de ser comparticipada, isto depois de terem surgido notícias que falavam em cortes nos apoios do Estado à vacina contra a estirpe B do vírus da gripe.
Em declarações à TSF, Francisco George disse que houve uma confusão com os nomes das vacinas que estão dentro do grupo que vai ser alvo de reduções dos apoios do Estado e assegurou que a vacina contra a gripe «não está no plano de deixar de ser comparticipada».
«Vai continuar a ser comparticipada. A partir de 1 de Outubro, todas as vacinas contra a gripe existentes no mercado vão continuar a ter a comparticipação habitual à semelhança do que sempre aconteceu», garantiu.
Francisco George disse ainda que poderão deixar de ser comparticipadas vacinas que até aqui eram fornecidas gratuitamente pelo Estado como a «vacina contra a hepatite B, a vacina contra o papiloma, que é o agente principal que motiva o cancro do colo do útero e uma vacina contra a meningite provocada por uma bactéria chamada hemofilus influenza do tipo B, que não é gripe».
O director-geral de Saúde disse ainda não concordar com a posição do Colégio de Ginecologia da Ordem dos Médicos a respeito do fim da comparticipação dos contraceptivos, uma vez que lembra que é possível obter a pílula e outros contraceptivos de forma gratuita.
Para Francisco George, a hipótese de aumentarem as gravidezes indesejadas «só podia verificar-se se as pílulas não fossem fornecidas gratuitamente», o que acontece em Portugal a par do fácil acesso aos programas de planeamento familiar.
«Todos esses procedimentos são gratuitos, incluindo a colocação de dispositivos intra-uterinos, se for caso disso, ou outros métodos contraceptivos, implantes ou fornecimento de pílulas», explicou.
Francisco George mostrou-se ainda convencido de que os centros de saúde vão ter capacidade de resposta para um eventual aumento das consulta de planeamento familiar que poderá existir em virtude do fim da comparticipação dos contraceptivos.
O director-geral de Saúde garantiu que esta medida apenas será tomada «depois de asseguradas condições de respostas adequadas em todos os centros de saúde».
«Pretendemos continuar a assegurar níveis excelentes de protecção de mulheres no que diz respeito às gravidezes indesejadas, que não devem existir exactamente porque são evitáveis através destes programas de planeamento familiar, que têm sido um grande sucesso em Portugal como todos reconhecem», adiantou.