O PCP quer ouvir, no Parlamento, o secretário de Estado Adjunto do ministro da Saúde e a secretária de Estado da Igualdade sobre o fim da comparticipação da pílula.
Além dos secretários de Estado Fernando Leal da Costa e Teresa Morais, o PCP quer também ouvir na Comissão de Saúde a Associação para o Planeamento da Família e o INFARMED.
Estas audições foram pedidas hoje através de um requerimento, no qual o PCP se manifesta preocupado com «o anúncio do Governo em deixar de comparticipar a pílula contraceptiva e três vacinas (vacina contra o cancro do colo do útero, hepatite B e a estirpe do tipo B do vírus da gripe) do plano nacional de vacinações».
O PCP refere também que o executivo tenciona «reduzir a comparticipação dos medicamentos antiasmáticos e broncodilatadores» e considera que «estas medidas inserem-se na política de progressiva e acentuada deterioração do Serviço Nacional de Saúde».
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, a deputada comunista Paula Santos afirmou que o PCP quer perceber «o que é que fundamenta esta tomada de decisão, quais as análises que foram feitas por parte do Governo para a ter tomado» e também «quais os impactos destas medidas, nomeadamente nos direitos das mulheres».
Paula Santos defendeu que, apesar de a pílula contraceptiva ser distribuída gratuitamente nos centros de saúde, o Estado deve continuar a comparticipar a sua compra nas farmácias para evitar «um maior afastamento das mulheres em relação à sua saúde e ao planeamento familiar» e «o aumento das gravidezes indesejadas».