O PSD não apresentará qualquer projecto de revisão constitucional nesta legislatura, admitindo apenas constitucionalizar limites ao défice e à dívida caso o PS aceite.
O PSD continua a pensar que é preciso rever o texto, mas tem esbarrado na teimosia do PS e reconhece agora que a situação economicista e o programa de ajustamento financeiro acordado com entidades externas não dá margem para lançar um projecto tão ambicioso como o apresentado pelo partido no ano passado.
«Abriremos uma excepção, se houver disponibilidade do PS para constitucionalizarmos limites aos níveis do défice e do endividamento», acrescentou o líder parlamentar social-democrata, que falava sessão de abertura das jornadas parlamentares do PSD, no Fundão.
A abertura do PSD «para a consagração constitucional desses limites tem como fundamento garantir às futuras gerações que não lhes faremos o que nos fizeram a nós», reforçou Luís Montenegro.
A abertura do PSD, continuou, «baseia-se na justiça e na solidariedade intergeracional que essa limitação possa garantir», por isso, frisou «era bom que o PS desse resposta a esta questão».
Este fim-de-semana, o líder socialista, António José Seguro, afirmou que no essencial continuava a rever-se na Constituição. O socialista não quis avançar uma posição sobre a hipótese sobre limitar ao défice na Constituição, acrescentando que esse tema merece a abertura de um debate interno.
Contactado esta segunda-feira pela TSF, o PS fez saber que não reagir para já ao desafio do PSD.