Economia

Paris assegura que bancos «não estão em perigo»

Depois da Moody"s ter diminuído a notação das instituições bancárias francesas Société Générale e Crédit Agricole, o ministro dos Assuntos Europeus francês afirmou hoje que os bancos franceses «não estão em perigo».

«Os bancos [franceses] não estão em perigo. Têm reservas suficientes para fazer face eventualmente à dívida grega», declarou o ministro Jean Leonetti à cadeia de televisão France 2, considerando a especulação responsável pelo actual «estado febril».

O ministro francês recordou que quando os testes de resistência foram efectuados «nenhum banco francês teve resultados negativos».

«Não vai haver falência da Grécia, nem saída da Grécia do Euro», frisou Leonetti, sublinhando que em caso de saída do Euro, «os gregos perderiam 30 por cento de poder de compra, e a zona euro encontrar-se-ia num jogo dominó que faria com que amanhã os especuladores atacassem a Espanha e depois a Itália e porque não Portugal».

O ministro rejeitou ainda a adopção de novas medidas em França para tentar circunscrever a crise.

«Acelerar as coisas é talvez também acelerar o estado febril», afirmou, adiantando que «se a França tem sempre um triplo A pelas agências de notação, é porque adoptou boas medidas», declarou.

Os bancos franceses, que têm reputação de estar muito expostos à crise da dívida na zona euro, estão a viver uma tempestade na bolsa porque os investidores temem as repercussões que possam sofrer devido a um incumprimento da Grécia.

A agência de rating Moody"s anunciou hoje a descida de um nível da notação de duas grandes instituições bancárias francesas, a Société Générale e do Crédit Agricole.

O maior banco francês, o BNP Paribas, adoptou uma série de medidas para tentar acalmar os investidores.