A Associação para a Defesa do Consumidor desconhece a alegada proposta do regulador para o aumento da electricidade em 30% em Janeiro, mas adverte que seria incomportável para as famílias.
A DECO não tem dúvidas de que seria «incorportável» e mesmo «catastrófico» para as famílias portuguesas um aumento de 30 por cento no preço da electricidade a partir de Janeiro.
O Diário Económico escreve, esta manhã, que essa é a proposta que o regulador, a ERSE, vai apresentar no próximo mês.
Em declarações à TSF, Vítor Machado, representante da DECO na Entidade Reguladora, disse desconhecer esta proposta mas sublinhou os riscos.
«Trata-se de uma notícia que não tem suporte formal, mas o que a DECO pensa sobre essa eventual possibilidade é que poderia ser um cenário catastrófico que corresponderia a uma total desresponsabilização do Governo face aos problemas que já foram levantados neste sector e que indicaria que não terão sido tomadas decisões relativas à diminuição dos chamados custos de interesse geral», contestou.
A justificar a proposta da ERSE estão os custos da produção. No entanto, Vítor Machado reforçou a necessidade de reduzir as taxas suportadas pelo consumidor que nada têm a ver com o consumo de electricidade.
«Devem existir formas de repartir o mal pelas aldeias e de diminuir a subsidiação do sector eléctrico por parte dos consumidores domésticos. É um necessidade e aliás um imposição da própria 'troika' que teremos que cumprir até ao final do ano», sublinhou.